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domingo, 28 de dezembro de 2008

(mais) Sonhos

Estamos perante várias caixas de madeira de Tawny de 30 e 40 anos. Recheadas de areia fina, guardam dois papeis de cartolina cor de creme... São bilhetes para a anualidade dos concertos da Casa da Música ou dos bares do Porto (como acontece em Itália). Não os quero comprar. Não gosto do compromisso de ter de ficar amarrada a lugares, a gente durante tanto tempo... sei que não consigo cumprir compromissos. Discuto contigo se devo ou não fazê-lo. Ignoro os papeis e sigo pelo museu de Serralves que apresenta uma exposição dedicada às energias alternativas e à conservação da Natureza. O branco predomina e as diversas propostas são divididas por paredes feitas de vidro transparente. Também está lá o Deus do vinho e da festa. Fujo dele como o Diabo da cruz. Não posso, não quero, não devo cruzar-me com tal divindade. Ele vira a esquina e continuo a caminhar... Perco-o de vista. O sentimento é de alivio.
Páro em frente ao projecto que mais me seduz. Um formigueiro gigante, com mais de 4 metros de altura, faz antever uma colónia repleta de obreiras. Dizem eles que em 2012 estará com mais de 30000000 formigas e que, através dos acumuladores de energia ali instalados, elas produzirão electricidade suficiente para sustentar todo o museu e respectivos jardins. O perfil do formigueiro é muito bem definido. Vê-se a terra castanha, com apontamentos de verde entre os grãos e está cheio de sensores nos diversos patamares.
É tempo dos jardins. Sigo o corredor forrado de vidro, viro à direita e saio.
Sou surpreendida por um mini freak show. Involuntário e sem razão alguma de ser. Um homem sem pernas troteia num cavalo castanho camelo. Não está muito sorridente. Mas também não o sinto mal. Penso como é que ele se aguenta lá em cima e no momento em que acabo o pensamento, ele cai de pé, na relva verde. Salta como se fosse uma bola pinchona e solta uma valente gargalhada. Uma mulher apanha-o e pousa-o em cima dum muro. Dirijo-me na sua direcção e começamos a falar sobre nada. Ela mostra-me o seu cão. É o bicho mais pequeno que vi até hoje. Caniche branco, do tamanho dum porta-chaves e que se tranporta dentro dum amplificador de cartões de telemóvel. Ela exibe o animal e eu sorrio (um bocado em amarelo)....
Acordo sticky & sweet e tu beijas-me o ombro direito.

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