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segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

(mais) Sonhos

Na minha direcção voa alta aquela que é, provavelmente, a borboleta mais bonita que vi até hoje (e olhem que vejo muitas! Aínda ontem, em pleno Inverno gélido, uma cumprimentou-me enquanto deambulava num jardim citadino).
Maior do que a palma da minha mão, de asas azuis electricas com dois olhos vermelhos debruados a preto, no fundo e uma cauda explícita em cada asa, esvoaça ao sabor da brisa fresca e perfumada do ar. Caminho sozinha por entre betão e árvores grandes que parecem ter sido podadas como se fossem bonsais.
Vejo-a no ar e sorrio de excitação. As borboletas são para mim, uma perdição.
Ela voa mais baixo e está quase ao nível da minha testa. Estico o braço esquerdo na sua direcção, e ela vem ao meu encontro. Mas o medo da rejeição faz-me baixar o braço e ficar apenas a admirá-la. Ela dá duas voltas sobre mim, como se me estudasse para perceber o porquê do meu gesto e segue o seu caminho, na direcção oposta do meu.
Em pensamento pergunto o porquê da minha reacção.
Acordo e vejo que a noite aínda mora aqui ao lado.

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