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quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Vergonhas rubras

Ela - Obrigada pelo trabalho :D
Mr. F - Hehe, "Obrigada pelo trabalho"

E foi assim que ela passou uma das maiores vergonhas da sua vida. Pelo menos, até ao momento.

Quem a vê, repara numa personagem refilona e resmungona, movimentada e confiante. A cara cheia e os braços cruzados sobre o corpo fechado, com o pé que bate ao ritmo da sua ira, caracterizam a moça de quem falo.
Mas lá dentro, onde poucos chegam, habita um ser estranho que até denota alguma sensibilidade. Facilmente emotivo e um pouco estouvado, este ser levianamente desiquilibrado, vive num mundo de fantasia de nuvens e contos de fadas.

Contráriamente ao que lhes tinha suplicado, empurraram para a sua frente o tal Mr. F. Aquele que ela identificou sem hesitar, assim que o viu de relance pelo canto do olho.
Sabia que depois de um dia de tanto alvoroço, não estava nas melhores condições para receber qualquer tipo de emoção mais forte sem perder a compostura. Sabia que não ia conseguir segurar a armadura.
Mas a vida desta personagem andava numa fase sinusoidal e como não podia deixar de ser: presenteou-a com tal emoção. (mesmo em jeito de zombaria como só a vida o sabe fazer)
E a surpresa aconteceu quando a refilona e durona fêmea, gaguejou, corou, lacrimejou e nem se esqueceu de construir frases sem nexo, de tanto que era o deslumbre por finalmente conhecer o famoso Mr. F, cujo trabalho tanto admirava, respeitava e acompanhava.

Sem palavras, apertou-lhe a mão e despediu-se a muito custo dizendo com a maior recomposição que conseguiu trabalhar:
- Sabe, é que eu tenho 29 anos....
- Pois... Também o meu projecto ;)

E assim ficaram no ar, aquelas junções de letras que acabavam de verbalizar.
Ela saiu dali atónita com pezinhos de lã e bochechas vermelhas da cor de maçã.

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